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Lembranças da época de Hogwarts

By: uhura
folder Harry Potter › Het - Male/Female
Rating: Adult +
Chapters: 1
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Disclaimer: I do not own Harry Potter, nor any of the characters from the books or movies. I do not make any money from the writing of this story.

Lembranças da época de Hogwarts

Título: Lembranças da época de Hogwarts
Autor(a): Uhura (uhura.mcg@gmail.com)
Ship: Albus/Minerva
Gênero: Romance/Lemon
Classificação: NC17
Capítulos: Oneshot
Capa: http://img214.imageshack.us/img214/6239/new3se2.jpg

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Já era junho. O adiantado do ano letivo - do último deles, apertava o coração de uma certa jovenzinha grifinória. Seus cabelos negros e os olhos verdes tão marcantes a descreviam. Não era muito popular, de modo que era tudo de quê se lembrava outrem quando o nome dela era citado. E, é claro, que se tratava da monitora chefe, a mais puxa-saco aluna de Dumbledore, o professor de Transfigurações e diretor da casa dourada e rubra. Ninguém tinha a sensibilidade para notar que ela realmente nutria apreço pelo homem. E Dumbledore a tinha com carinho também, por aluna mais aplicada e de potencial muito peculiar. Sabia das intenções de Minerva pela animagia, inclusive, e acreditava que ainda a veria recebendo o mérito tão merecido pelo trabalho árduo.

Fora sua melhor aluna, e nos últimos anos quase que uma assistente voluntária. Ela o ajudava com os trabalhos e o dever de casa dos mais novos. Por vezes sanava as dúvidas dos colegas acerca de Transfigurações. Era muito dedicada... muito inteligente e meiga. Fazia-lhe companhia. Albus tinha perdido a conta já de quantas horas haviam passado conversando naquele ano, ou jogando xadrez, tomando chá... a companhia da jovem lhe agradava, e, aparentemente, a companhia dele a agradava também. Sempre voltava, sempre aparecia. Depois das aulas, costumava passar para trocar algumas palavras... ora o assunto era Transfiguração, ora Animagia, ora outro qualquer...

E aquele era um dia comum. Albus já havia terminado todas as aulas daquela tarde quando Minerva bateu de leve na porta e entrou.

"Olá, Minerva." ele disse, e ela sorriu em resposta, acenando polidamente. "Não tem mais nenhuma aula hoje?"
"Bem... não. Digo, somente astronomia à meia-noite. Até lá estou desocupada. Vim devolver o livro que me emprestou, professor." e ela mexeu na bolsa, tirando um volume fino de capa vermelha.
"Ah, é claro." ele estendeu a mão e pegou o livro. Colocou-o sobre a mesa, ao lado de alguns pergaminhos.
"Obrigada."
"Não tem de quê, minha cara." ele sorriu de modo aprazível.

Um momento de silêncio se passou, e Albus mexeu em um ou outro papel, até voltar-se novamente à ela, que permanecia estática.

"Professor... eu não sei se... eu não sei se devia dizer isso... mas gostaria..."
Ele fez um gesto como de quem ouvia com atenção.
"... Eu gostaria de dizer que... foi meu melhor professor... e mais que isso, eu... há... ahm..." ela se atrapalhou com as palavras e foi então que os olhares deles se cruzaram realmente. Fitaram-se, como que alma-com-alma. Ela sentiu um arrepio. Sentiu a face queimar, corava.

Minerva não soube dizer porque deixou-se escapar das amarras que a continham em sua casca fria de boa moça, mas o encarou, encarou como quem pede um beijo, e encarou os lábios dele, como que insana, tomada de um desejo proibido, talvez mais... talvez uma paixão... uma paixão irrefreável e totalmente absurda.

E Dumbledore, ah, o pobre homem não soube o que pensar, por um momento não soube nem mesmo o que estava fazendo... seus pés moveram-se para perto dela. Ela estava terminando o curso, eram os últimos dias. Iria embora e sua companhia mais doce, mais querida... ele a teria perdido. Uma aluna! É claro, mas... mas algo dentro dele não dava ouvidos. Sua mente e seu coração estavam em conflito. De novo. Era algo tão perigoso... Respirou fundo e segurou o ar, e seus pés moveram-se novamente. Ela permanecia lá, estática, como esperando pelo homem. Como que... como que o chamando com os olhos. Não há como dizer se ela o fazia conscientemente, mas fazia. E ele... ele não podia resistir. No início ela era só uma menina, mas os anos passaram e ele se encatou... aqueles olhos, aqueles lindos e brilhantes olhos verdes...

Então ele, em um gesto rápido, a puxou para perto, encaixando seus corpos perfeitamente. A jovem sentiu seu sexo pulsar. Nunca estivera antes em situação tão íntima. Provavelmente nunca se sentira tão excitada. Não foi preciso de nenhum outro estímulo para que admitisse a si mesma que tinha a roupa de baixo completamente encharcada. Só por aqueles olhos azuis, que agora já não pareciam doces ou meigos. Eram então olhos desejosos, quentes, como jamais havia visto antes. E quanto ele se aproximou, e sem pedir permissão a beijou apaixonadamente, invadindo a boca dela com uma língua ousada e imponente, ela sentiu as pernas tremerem. Bastaram dois segundos. Dumbledore a jogou contra a mesa, mantendo-a presa e junto de seu corpo com um dos braços, e, com o outro braço, limpou a mesa daqueles tantos relatórios, objetos, pergaminhos. Nada que, há um minuto atrás, encontrava-se metodica e cuidadosamente organizado sobre a mesa, importava agora. Estava completamente tomado por seu desejo. A garota deixou escapar uma exclação. Talvez ele nem sequer tenha ouvido. Beijou-lhe e mordiscou o pescoço da jovem, a deitando sobre a mesa.

Minerva não teve tempo de pensar, ou assustar-se. Mas soltou suspiros ao sentir as mãos dele apertando seus seios. Nunca antes havia sentido algo como aquilo. Nunca antes um homem fora tão longe. As pernas da jovem deixaram o chão, contornando o corpo do homem quase que sem querer, automaticamente. Ele a provocava e instigava, tanto que nem parecia Albus. Quando sua boca encontrou novamente a boca dela, a morena correspondeu. Não poderia ser diferente. Tinha esquecido-se de tudo, de quem era, de onde estava, do que podia e não podia fazer. Deixava-se levar pelos intintos. Começou a buscar o prazer. Correspondê-lo mais e mais. Nem sequer notou quando o homem levantou a sua saia. Não saberia dizer onde fora parar sua calcinha. Quem desabotoou sua camisa? Os cabelos soltaram-se sozinhos? Os gemidos dela e a respiração afetada do homem eram o único som no local. Ele a apertava, tocava lugares jamais tocados antes. Os dedos longos encontraram uma região mágica e úmida. Eram dedos que sabiam como e onde tocar.

"Albus" ela murmurou em meio a gemidos fracos. Seus olhos estavam fechados. Sua expressão de quase gozo denunciava o prazer.

Ela não viu, mas certamente sentiu quando algo maior que um dedo a penetrou de forma lenta e agonizante. O membro deslizou, preenchendo-a. Toda sua atenção estava ali. Esqueceu-se até mesmo do professor. Eram só ela e o prazer. Suspirava, gemia, murmurava coisas sem nexo. Os movimentos gradualmente mais intensos a extasiaram. Levaram-na a um ponto em que já não sabia distinguir mais nada. Dor? Prazer? Sensações? Gozou.

"Amhh!" a exclamação saiu mais alta que as demais. Só um momento depois os movimentos cessaram, quando um gemido forte e masculino também fez-se presente.

Tudo pulsava. Minerva sentiu as veias da testa pulsando, sentiu os braços, as pontas dos dedos, o peito, o sexo. Sua respiração arfante se confundia com a do homem. Só então a garota percebeu que todo o seu corpo estava molhado de suor, e que sobre ela descançava seu professor de transfigurações. Olhou-o e quando os olhos dos dois se encontraram, o que viu não foi aquele olhar forte de um momento atrás, e sim o carinho e a doçura costumeiros.

Ele, com cuidado, se afastou. Era como se estivesse assustado com a situação, assustado consigo mesmo. Não disse nada, de qualquer modo.

Minerva sentou-se, arrumou-se. De alguma forma já sentia a vergonha de sempre, o receio de sempre. Levantou-se. Ajeitou-se. Arrumou suas roupas. A respiração pouco a pouco foi voltando ao normal. As pernas tremiam alucinadamente, formigavam, sentia-se zonza.

Albus escondia o rosto entre as mãos. A havia tomado. Uma aluna. Como pôde? Seu coração completamente horrorizado e desesperado parecia querer saltar boca à fora. Tentava ainda decidir o que falar, se desculparia-se ou tentaria de algum modo se absolver. Pensou até mesmo em casar-se com ela, pedí-la ali mesmo, naquele momento, mas não acreditava que ela poderia aceitar. E então? O que poderia fazer? O que deveria fazer?

Ouviu, nesse momento, a porta batendo de leve. Olhou em volta totalmente assustado. Ela tinha ido? Tinha o deixado? Tinha... simplesmente... ido...